NOSSA PROPOSTA
QUE HÁ EM CRISTO
“Temo que, assim como a
serpente enganou Eva com sua
astúcia, assim também sejam
de algum modo corrompidos os
vossos sentidos, e se apartem da
simplicidade que há em Cristo.”
serpente enganou Eva com sua
astúcia, assim também sejam
de algum modo corrompidos os
vossos sentidos, e se apartem da
simplicidade que há em Cristo.”
2 Coríntios 11:3
Apesar do nome Igreja Bíblica Cristã, não nos rotulamos como uma denominação protestante ou evangélica [1] mas como uma proposta de vivermos o evangelho bíblico na simplicidade de Cristo e da sua doutrina. Sendo assim, igreja bíblica cristã não se trata de um rótulo pelo qual nos identificamos, mas da lembrança do que nos identifica como verdadeiros discípulos de Cristo, a saber:
Sermos igreja de fato, compreendendo que a igreja somos nós, os convertidos a Cristo, e não um templo [2];
Sermos uma igreja bíblica de fato, baseando a nossa conduta e fé apenas nos ensinamentos contidos na Bíblia Sagrada;
Sermos uma igreja cristã de fato, ensinando e praticando a doutrina de Cristo no contexto da nova aliança.
Almejamos ser uma igreja simples, espelhada no padrão estabelecido nos escritos do Novo Testamento, onde aprendemos o modo como as congregações devem ser formadas e orientadas. Nossa proposta, portanto, é seguirmos fielmente o modelo bíblico de igreja, retornando à simplicidade de reuniões cristãs onde o propósito é a mútua edificação em Cristo por meio da sua Palavra e atuação do Espírito Santo. Mas, ao mencionarmos o Espírito Santo, não nos referimos a extravagâncias e sensacionalismo durante as reuniões, mas da capacitação espiritual dada por Deus aos convertidos a Cristo para que possamos frutificar em toda boa obra e sermos bem-sucedidos na evangelização, no discipulado e no ensino bíblico.
A fim de não haver qualquer mal-entendido sobre a nossa proposta, listamos a seguir algumas práticas que podem ser comuns em algumas igrejas evangélicas, mas que não são bíblicas, e por isso não as adotamos em hipótese alguma:
Envolvimento com a maçonaria, ou qualquer sociedade secreta;
Aliança da igreja com políticos, ou candidatos;
Engajamento da igreja com movimentos ecumênicos;
Eventos mundanos, mas disfarçados de evangélicos;
Apresentações musicais, danças e coreografias durante o culto;
Cultos temáticos, tais como cura, libertação, prosperidade, vitória;
Campanhas, como se Deus estivesse a serviço do homem;
Venda ou entrega de objetos que supostamente teriam poder;
Uso de objetos judaicos, como se fossem necessários para o culto;
Promessa de que Deus dará algo em troca para quem ofertar;
Prática de comércio na igreja, seja durante ou após o culto;
Cantina, a não ser que o lanche seja gratuito;
Bazar, a não ser que tudo seja dado gratuitamente;
Cobrança para participar de cultos, eventos ou palestras;
Contratação de cantores para se apresentar no culto;
Local de culto imitando uma boate, ou casa de show;
Louvores antibíblicos, com letras antropocêntricas;
Adoção de ritmos musicais que despertam a carnalidade;
Peças teatrais ou enquetes em substituição da pregação;
Contratação de pregadores que cobram cachê;
Manipulação por neurolinguística ou hipnose;
Pregações que visam agradar o homem, ao invés da conversão;
Tolerância com indecência e linguajar torpe;
Consentimento de pastores para com o divórcio de casais crentes;
Cobrança de dízimos e carnês para propósitos;
Condução da igreja como empresa, visando lucro;
Adoção de estratégias humanas para se atrair mais membros;
Líderes e ministérios desnecessários para a obra;
Idolatria de pastores sendo incentivada ou permitida;
Acepção de pessoas, exaltando-se ricos e desprezando-se pobres;
Enriquecimento de pastores com proventos acima do que convém;
Investimento no templo, desprezando irmãos carentes;
Evangelização antibíblica, que não fala em arrependimento;
Falta de compromisso com a obra missionária.
Todas as práticas acima são estranhas, e até contrárias à doutrina de Cristo e dos apóstolos. Sendo assim, nossa proposta também inclui a completa ausência de tais práticas. Preferimos a simplicidade das reuniões das igrejas reveladas em Atos dos Apóstolos, onde havia oração fervorosa, ensinamento bíblico, pregação do evangelho, apelo por arrependimento de pecados e conversão a Jesus Cristo como único Senhor e Salvador para sempre. Quanto aos louvores que entoamos, selecionamos aqueles que exaltam ao Senhor, e não ao homem.
ADVERTÊNCIA
Nossa proposta de um retorno a Cristo e seu evangelho não deve ser confundida com calvinismo, arminianismo, ou qualquer outro “ismo” criado por teólogos ou seus seguidores. Cremos que a Escritura com a Escritura se interpreta, sendo esse o primeiro princípio a ser observado para que sejamos realmente bíblicos. Consequentemente, não devemos nos associar a qualquer sistema teológico criado por homens, pois sabemos que todos os homens são falhos. Portanto, advertimos que é um equívoco um discípulo de Cristo se rotular pelo nome de qualquer um deles. Desprezar esse princípio bíblico poderá resultar em debates teológicos improdutivos, que dividem os irmãos em facções e alimentam o ego dos supostos vencedores. A palavra de Deus nos proíbe de seguirmos nessa direção. Confira: Rm 16:17,18; 1Tm 1:3-7; 1Tm 6:3-5; 2Tm 2:14-16; 2Tm 2:23-26; Tt 3:9-11; Hb 13:9; 2Jo 10. O mesmo cuidado também devemos ter em relação a posicionamentos escatológicos, a respeito dos quais orientamos cautela, humildade e respeito às opiniões divergentes.
[1] A identificação com segmentos religiosos, tais como o protestantismo ou o evangelicalismo, pode ser interpretado como conivência com todas as suas práticas. Sendo assim, para evitar qualquer mal entendido, mas principalmente porque Jesus não nos ensinou a colocação de rótulos, preferimos não nos chamarmos de protestantes, evangélicos ou qualquer outra designação. Porém, respeitamos completamente as igrejas de ministérios que se classificam como protestantes ou evangélicas, pois cada um dará contas de si mesmo a Deus.
[2] Devemos esclarecer que não temos preconceito contra templos, ou seja, locais construídos especificamente para reuniões cristãs. Apenas compreendemos que, biblicamente, a igreja se compõe dos irmãos convertidos a Cristo, não importando o local onde estejam se reunindo. Confira: Romanos 12:5; 16:5; 1Coríntios 3:16,17; 12:27; 16:19; 2 Coríntios 6:16; Efésios 2:20-22; Filemon 2; Hebreus 3:6; 1Pedro 2:5.