O EVANGELHO
“Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”
(Jesus Cristo - Mc 16:15,16)

O que é o evangelho?

“O evangelho é a boa nova da salvação por meio de Jesus Cristo.” Essa é a definição mais comum que se ouve acerca do que é o evangelho. No entanto, embora não esteja errada, será que compreendemos a importância e profundidade do que está sendo dito numa sentença tão simplificada?

“O evangelho é a boa nova da salvação...” Sim, mas, salvação do que? E como podemos ter essa salvação por meio de Jesus Cristo? E, ainda, como foi que ele nos salvou e o quanto isso lhe custou?

Todas essas questões dizem respeito ao evangelho, e respondê-las é o objetivo da nossa reflexão a seguir.

O versículo que melhor define o evangelho

A fim de seguirmos o princípio de que a Bíblia explica a própria Bíblia, usaremos como diretriz do nosso estudo a análise de um versículo bíblico que é considerado o mais importante de todo o Novo Testamento, precisamente porque tal versículo sintetiza de modo maravilhoso o que vem a ser o evangelho:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
(João 3:16)

Iremos analisar a sentença acima em cinco partes, as quais revelam cinco verdades que, reunidas, compõem o evangelho:

(1) “Porque Deus amou o mundo
(2) de tal maneira que deu o seu Filho unigênito
(3) para que todo aquele que nele crê
(4) não pereça
(5) mas tenha a vida eterna.”

No entanto, não seguiremos a ordem exata das partes do versículo acima, mas uma sequência que facilitará a compreensão da necessidade que o mundo tem de conhecer o evangelho. Sendo assim, começaremos pelo fato de que a humanidade sem Cristo está perdida, ainda que muitos não saibam disso.

1 – Não pereça

O termo evangelho provém do grego, que foi o idioma utilizado nos escritos do Novo Testamento, onde aparece 73 vezes. Existe ainda outro termo grego, derivado deste, que define a ação de evangelizar, e que ocorre 52 vezes. Portanto, eis um tema de grande importância, amplamente abordado nos livros que compõem o Novo Testamento. Porém, no primeiro século, época em que tais livros foram escritos, a palavra evangelho trazia consigo um entendimento um pouco diferente do que hoje se compreende. Evangelho significava: “Boa nova de vitória proveniente do campo de batalha.”

Tratava-se de um termo bélico, originalmente utilizado para se referir ao anúncio da vitória sobre os inimigos.

Sendo assim, o termo evangelho nos revela três fatos:

1) Há uma guerra, com vítimas aprisionadas pelo inimigo;
2) A vitória foi conquistada e os cativos já podem ser libertos;
3) Essa é uma boa notícia, especialmente para quem está no cativeiro aguardando por sua libertação.

O problema é que a maioria das pessoas não percebe o terrível estado de cativeiro e perdição em que sua alma se encontra enquanto não for liberta e salva por Cristo. Ou talvez até perceba, porém, procura não pensar nisso, temendo a morte e a consequente prestação de contas com Deus.

Sendo assim, o evangelho só será uma boa notícia para quem primeiro perceber que sua alma está escravizada e perdida sem Cristo. Por esse motivo é que iniciamos este capítulo analisando o tópico “não pereça” de João 3:16.

O próprio Senhor Jesus advertiu aos judeus que eles também precisavam ser libertos do pecado e que somente pela fé no filho de Deus poderiam ser salvos e não perecer em seus pecados:

“Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres?
Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre.Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8:31-36)

Muitos judeus que ouviam a proclamação do evangelho imaginavam equivocadamente que Jesus estivesse anunciando que o povo de Israel seria logo liberto da opressão do imperialismo romano. No entanto, a libertação era muito mais profunda, atingindo a raiz do verdadeiro problema de toda a humanidade: o pecado.

Todas as pessoas que não são de Cristo estão aprisionadas ao pecado e, por causa disso, tornaram-se inimigas de Deus e condenadas à perdição eterna. Ainda que não saibam, suas almas estão sob a influência de espíritos malignos, os quais procuram lhes aprisionar ao pecado, a fim de que tenham a mesma condenação eterna que esses demônios terão no fim dos tempos.

“E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.” (Efésios 2:1-3)

Deus não deseja nossa perdição, mas sim a nossa salvação. O chamado fogo eterno não foi preparado para ser o destino da alma de seres humanos, mas sim dos seres espirituais das trevas. Porém, o Senhor Jesus foi claro em advertir que este também será o destino de todos que permanecerem na prática do pecado.

“Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25:41)

Não é necessário nos aprofundarmos agora sobre o que é pecado, pois a nossa própria consciência nos acusa quando fazemos algo que sabemos que não deveríamos fazer. A princípio nos basta saber que este “fazer o que não deveríamos” é o que chamamos de pecado – palavra que originalmente significa “errar o alvo”. Ou seja, toda vez que alguém peca está errando o alvo da sua existência, o qual é viver para a glória de Deus.

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor [...] com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo” (Efésios 1:3,4,12)

Apesar de termos nascido para a glória de Deus, qualquer pessoa que ainda não está liberta por Cristo (e nele não permanece) é vencida pela sua própria carnalidade, caindo na tentação do pecado. O resultado disso é o distanciamento de Deus e, respectivamente, a morte espiritual.

“Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” (Tiago 1:14,15)

“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” (Romanos 5:12)

Porém, ainda que ocorra no mundo físico, o aprisionamento do ser humano ao pecado tem sua raiz no âmbito espiritual:

“Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” (2 Coríntios 4:3,4)

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” (Efésios 6:10-12)

Exatamente por esse motivo é que apenas o Filho de Deus feito homem pode nos salvar, pois somente o Senhor Jesus é o único mediador entre Deus e os homens. O Pai deu ao Filho todo o poder no céu e na terra e, portanto, a Cristo se submetem Satanás e todos os demônios. Todos esses foram derrotados por Jesus ter morrido na cruz sem jamais ter cometido qualquer pecado – algo que veremos a seguir.

2 – De tal maneira que deu o seu Filho unigênito

Uma vez compreendida a terrível condição de aprisionamento ao pecado na qual a humanidade se encontra, resta-nos responder à seguinte questão:

– Qual a solução para o pecado e consequente perdição eterna daqueles que o praticam?

A resposta para essa pergunta é que faz do evangelho não somente uma boa nova, mas também a melhor notícia de todos os tempos! A solução nos foi dada gratuitamente pelo próprio Deus, o qual, mesmo sem merecermos, nos enviou o seu Filho unigênito para que por meio dele sejamos salvos.

“Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (João 3:17)

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” (Romanos 3:23,24)

Ser justificado significa ser considerado justo, ou seja, absolvido de qualquer condenação. Tanto no versículo que acabamos de ver acima, quanto no que veremos a seguir, nos é revelado que somente por meio de Jesus Cristo encontramos tal absolvição.

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” (Romanos 6:23)

A palavra “dom” é a transliteração de um termo grego que significa presente. Portanto, a salvação não nos custa nada, sendo um presente completamente gratuito da parte de Deus, o qual nos é dado por meio de Jesus Cristo.

Porém, apesar da salvação ser gratuita, não nos custando absolutamente nada, não podemos nos esquecer de que custou o mais alto preço de todos: a dolorosa morte do Filho de Deus, que verteu seu sangue sendo pregado numa cruz, sofrendo como homem para nos redimir de nossos pecados. O sangue do justo foi derramado para justificar os injustos.

“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito” (1 Pedro 3:18)

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.” (Gl 3:13,14)

Sendo assim, por meio da fé em Jesus toda a dívida impagável que tínhamos para com Deus por conta dos nossos pecados está abolida. Consequentemente, os espíritos malignos não encontram mais poder contra os que são de Cristo, pois já foram por ele derrotados na cruz.

“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.” (Colossenses 2:14,15)

A certeza que temos de que Deus aceitou o sacrifício de Jesus por nós na cruz foi o fato da sua ressurreição ao terceiro dia. Cristo ressuscitou para a nossa justificação, ou seja, para que não tenhamos qualquer dúvida de que o Pai considera nossos pecados perdoados e que, mediante a fé, nos transferiu a justiça do seu Filho, como se nunca houvéssemos pecado.

“Ora, não só por causa dele [Abraão] está escrito, que lhe fosse tomado em conta, mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor; o qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação. Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.” (Romanos 4:23-25; 5:1,2)

Em Cristo, portanto, somos libertos da opressão das trevas e, permanecendo nele, encontramos poder para vivermos livres da prática do pecado. O modo pelo qual temos acesso a tão grande bênção é o que veremos no ponto a seguir.

3 – Para que todo aquele que nele crê

Apesar de sermos salvos pela graça de Deus, que nos dá a salvação gratuitamente através do sacrifício do seu Filho, algo muito importante precisa ser compreendido:

Somente por meio da fé em Cristo podemos ser alcançados pela graça de Deus.

A fé em Cristo como nosso único Senhor e Salvador é o modo que Deus estabeleceu para que obtenhamos a salvação por meio do sacrifício de seu Filho na cruz. A salvação é somente “para todo aquele que nele crê.”

“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (João 3:18)

Porém, é muito importante sabermos que “crer” não significa tão somente acreditar. O sentido bíblico de crer significa também confiar e comprometer-se. Ou seja, quem possui verdadeira fé em Jesus trará consigo as três seguintes características:

• Crê que Jesus é o Cristo, o Filho unigênito de Deus;
• Confia nele como o seu suficiente Salvador;
• Compromete-se em obedecê-lo como o seu único Senhor.

Sendo assim, quem declara ser cristão, mas despreza os ensinamentos de Cristo, certamente ainda não tem verdadeira fé no Senhor para ser salvo, pois quem realmente crê em Jesus buscará obedecer aos seus mandamentos.

Neste ponto é importante enfatizar uma vez mais que não somos salvos por nossas boas obras, apesar de termos o dever de praticá-las. Porém, somos salvos completamente pela graça de Deus por meio da fé em Cristo, o qual consumou a obra da nossa salvação por sua morte na cruz.

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:8-10)

Um dos principais ensinamentos de Cristo diz respeito a nos arrependermos de nossos pecados. Aliás, foi chamando as pessoas ao arrependimento que o Senhor deu início ao seu ministério público:

“O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.” (Marcos 1:15)

Uma das provas de que o arrependimento de pecados é a primeira evidência da verdadeira fé em Cristo, consiste no fato de que a pregação dos apóstolos também continha o apelo ao arrependimento:

“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38)

“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (Atos 3:19)

“Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (Atos 17:30,31)

A verdadeira fé nos conduz ao arrependimento. Os dois últimos pontos a seguir nos farão compreender melhor porque o arrependimento de pecados é tão necessário.

4 – Deus amou o mundo de tal maneira

É muito importante compreendermos que nenhum ser humano é merecedor de tão grande salvação. Somente o amor de Deus por nós é causa primeira e única para ele ter enviado seu Filho para nos redimir de nossos pecados.

“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” (Romanos 5:8,9)

Sendo assim, o mínimo que devemos fazer em gratidão por tão grande amor de Deus por nós é procurarmos viver segundo a sua vontade.

“Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5:14,15)

O amor de Deus por nós foi comprovado em Cristo. Sendo assim, a partir do momento em que começamos a compreender tão grande amor, também passamos a desejar que nossa vida seja conforme a Sua vontade.

“Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro.” (1 João 4:19)

Esta é uma das principais diferenças entre a religião e a graça. Quem pensa ser salvo por uma religião, obedece apenas porque deve obedecer, almejando receber algo em troca. Mas quem compreende que é salvo pela graça, obedece porque deseja obedecer, sentindo prazer em agradar ao Senhor, e o faz tão somente porque o ama, sem qualquer interesse.

“Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.” (João 14:23)

5 – Mas tenha a vida eterna

Finalmente, necessitamos também compreender que o verdadeiro evangelho não é uma boa nova sobre alcançarmos bens, fama ou poder neste mundo. O Senhor não verteu seu sangue por nós na cruz para que tenhamos uma casa própria, um carro zero, ou sejamos ricos empresários. Tais coisas são vãs, terrenas e ilusórias. Cristo veio ao mundo para fazer por nós o que ninguém mais poderia: nos reconciliar com Deus, a fim de que nos relacionemos com Ele como filhos amados e possamos viver junto a Ele eternamente.

“E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna. Estas coisas vos escrevi acerca dos que vos enganam.” (1 João 2:25,26)

“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus” (1 Pedro 3:18)

“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:19-21)

Quando a Palavra nos ensina que em Cristo temos a vida eterna, isso deve ser também compreendido como a possibilidade de andarmos em novidade de vida, sendo guiados pelo Espírito Santo e não mais pela carnalidade. A vida eterna começa agora, antes mesmo da partida deste mundo.

“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” (João 5:24)

“Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” (Romanos 6:22,23)

“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” (1 Coríntios 6:19,20)

Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; o qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras. (Tito 2:11-14)

“Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação, sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pedro 1:16-19)

“Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” (1 Pedro 2:24)

“Quem pratica o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de Deus não permanece em pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.” (1 João 3:8,9)

Conclusão

Mesmo sem merecermos, Deus nos amou a ponto entregar seu único Filho para morrer a nossa morte, a fim de que possamos viver a sua vida. Em outras palavras, Jesus Cristo sofreu a nossa condenação para nos reconciliar com Deus, que nos concede o Espírito Santo para vivermos como seus filhos, espelhados em Cristo, tanto na santidade, quanto no amor, dando muito fruto para sua glória.

Em Jesus Cristo há perdão de pecados, reconciliação com Deus, libertação de vícios, novidade de vida e o melhor de tudo: um relacionamento verdadeiro com Deus como nosso amado Pai celestial, com quem nós viveremos por toda a eternidade. Sendo assim, não deveríamos perguntar o que é o evangelho, mas quem é o evangelho, pois o evangelho não é outro senão o próprio Salvador: Jesus Cristo é o evangelho! Portanto, vamos conhecê-lo cada dia mais, buscando um relacionamento íntimo com o nosso Senhor.

“Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.” (2 Pedro 3:18)